12 fevereiro, 2018


Oi, tudo bem com vocês?! (Se é que existe ainda um vocês me lendo) 
Mas eu espero que estejam bem! Queria poder dizer que estou bem também mas não sei se bem seria a palavra certa para definir meu estado no momento. Eu estou "indo". E por "indo" entende-se que estou sendo levada a um caminho o qual eu nem sei. Há alguns dias atrás quando comecei a escrever esse texto eu estava com medo desse percurso, mas agora meu coração está tranquilo. Pelo menos agora, nesse exato momento, pelo menos hoje. E espero que ele continue assim. Eu sei que ele vai vacilar em alguns momentos. Mas tudo bem também, porque não existe ninguém invulnerável. Porque é normal ter dias que a gente não sente os pés firmes no chão, é normal sentir-se insegura diante de coisas futuras, diante de medos ou de coisas que não estamos prontos para encarar. É normal precisar de um tempo para amadurecer ou preparar sua munição para bater de frente aos seus medos. 
Esses dias eu meio que passei por um super momento de introspecção, me afastei das redes sociais, me isolei e parei para reavaliar alguns itens da minha vida que eu estava evitando ou enfrentando de uma forma contrária ao que eu pretendia. E eu acho que foi muito útil. Me encarar. Me avaliar. Lidar comigo mesma e toda aquela bagagem que estava pesando mas que mesmo assim eu insistia em carregar porque não estava muito disposta a abrir a mala para organizar tudo. Mas eu abri. Coloquei tudo para fora. Escrevi para mim mesma sobre tudo que apertava no meu peito. Foram 17 páginas escritas a mão, de puro desabafo. E foi libertador. Liberta dor. Literalmente. Alguns itens foram difíceis de escrever, foram difíceis de explicar, difíceis de aceitar, de entender, de assimilar e sei que alguns deles, apesar de eu ter tentado deixar para trás, presos no papel, poderão voltar a fazer parte dos meus "itens de viagem" porque tem coisas que demoram mesmo para a gente conseguir se desprender por completo e entender que é necessário desapegar, mas teve outras coisas que enquanto eu escrevia, acabei vendo de outra forma e o que parecia ser grande demais no meu peito tornou-se pequeno no papel, tornou-se leve, tornou-se peso a menos na minha bagagem. E isso me fez enxergar as coisas de forma diferente, me fez perceber que nem tudo pelo qual a gente se martiriza merece de fato o nosso martírio entende?  Eu não estou dizendo que estou 100% curada de nada, ou 100% disposta a sair desbravadora do mundo e isenta de dores (soou parecido com meu texto anterior, meu deus, será que tô criando um padrão?!) só estou falando que às vezes a gente só precisa encontrar uma forma de ver as situações por outro ângulo, às vezes a gente só precisa tentar ouvir o que nosso coração fala, ou o que ele tenta expor, às vezes a gente só precisa fazer uma faxina, arrumar nossa mala e seguir o rumo na estrada. Eu arrumei minha mala escrevendo, mas cada pessoa tem um jeito de lidar e arrumar sua bagagem de forma a torná-la mais leve. Seja escrevendo, tomando um banho relaxante, meditando, desabafando com alguma amiga ou procurando ajuda de um profissional. Seja chorando, desenhando, rabiscando palavras soltas enquanto toma o seu sorvete favorito, ou jogando fora coisas que não te fazem mais bem.  
Espero que vocês consigam encontrar seus métodos e seguir o rumo mais leves e seguros de si mesmos. Espero que esse texto tenha feito sentido. E espero que eu continue andando por aqui porque estou amando o fato de ter conseguido focar para escrever isso tudo sem trocar de aba. 

Fiquem bem e até mais! 

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