22 outubro, 2015
Ir em frente assusta, recuar ainda mais. Mas não consigo lidar.
Quero tudo e nada ao mesmo tempo. Correria e calmaria, chuva e sol na caminhada. 
Quero que meus pés saibam para onde ir, mas que não saibam onde vão chegar. 
Quero surpresas na estrada, quero ficar desesperada, quero saber como enfrentar: Meus conflitos, as pessoas, a vida. 
Quero tomar decisões, ser regida apenas pela minha mente e arcar sozinha com todos os meus vacilos. Sem ninguém me amparar caso eu caia, sem ninguém me dizendo como agir.
Quero sair! Fugir desse casulo, tomar um rumo, me jogar no escuro e aprender a dançar, no meu ritmo, no meu compasso, na minha marcha lenta até eu acertar. 
Quero flores, quero amores, quero dores para sarar. Amigos para abraçar, lembranças para chorar.
Quero aprender uma nova língua, conhecer uma nova arte, quero mais pores do sol no fim da tarde. Ver as cores do céu em degradê, sentir cheiro de maresia. 
Quero me poemisar. Transformar meus dias em versos e poesias, quero rimar o impossível, escrever linhas invisíveis, ter história pra contar. 
Quero transbordar. Mergulhar em mar profundo sem ter com que me preocupar. Derivar meus pensamentos para onde o vento soprar. Decidir o meu futuro sem ter que me atropelar. 
Quero confusão, quero tirar meus pés do chão, quero sair para voar! Borboletar por aí em voo raso até sentir que posso ir mais longe, até confiar mais em mim, na minha intuição. Até chegue o momento em que eu possa finalmente encontrar minha direção.
Cá entre nós, é pedir demais?

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